quinta-feira, 7 de julho de 2011

Câmara recolhe mais de 800 lâmpadas fluorescentes

Câmara de Londrina não conta mais com depósito de lâmpadas queimadas; recolhimento correto foi realizado nesta manhã por empresa especializada

Funcionário da empresa Bap-Light faz a trituração das lâmpadas
A Câmara Municipal de Londrina (CML)realizou na manhã desta quinta-feira, (11), o recolhimento de 838 lâmpadas fluorescentes que estavam armazenadas no prédio do Legislativo há dois anos.
A coleta foi realizada por meio da empresa londrinense Bap-Light que é especializada na descontaminação e reciclagem deste produto. A iniciativa foi da Mesa Executiva da CML e teve um investimento de R$ 502,80

Após o recolhimento das lâmpadas queimadas, a empresa fez uma demonstração do processo de descontaminação por meio da utilização de uma máquina que é responsável pelo sistema de trituração, filtragem e aspiração por pressão negativa, garantindo a destinação correta dos passivos ambientais.

De acordo com diretora- geral da empresa Bap-Ligh,Samira Baptizaco, o sistema utiliza dois filtros específicos e carvão saturado que armazena com segurança todos os componentes, com capacidade de absorção de 99,7% dos gases das lâmpadas. “ Esta máquina faz a separação de todos os resíduos, possibilitando a reutilização dos mesmos, sendo que, os vidros são transformados em tinta reflexível para estrada e o alumínio volta para a cadeia produtiva em forma de vários produtos”, explicou.

 Diretor da CML Altemir Lopes e a diretora da empresa Samira Baptizaco
Ainda conforme Samira Baptizaco, a cada ano aumenta o consumo das lâmpadas fluorescentes no Brasil, entretanto, existem apenas 18 empresas em todo país que contém a certificação para destinação correta destes produtos. “ A lei prevê que os fabricantes devam se responsabilizar pelo recolhimento, mas infelizmente a maioria das empresas não cumprem a legislação”, disse.

As lâmpadas fluorescentes contêm pequenas quantidades do elemento mercúrio (Hg), substância altamente tóxica. No Brasil são consumidas cerca de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes por ano. Desse total, 94% são descartadas em aterros sanitários, sem nenhum tipo de tratamento, contaminando o solo e a água com metal pesado. “A intoxicação grave por mercúrio pode causar cegueira, problemas respiratórios e neurológicos”, ressaltou Samira.

O diretor da CML, Altemir Lopes informou o recolhimento das lâmpadas fluorescentes em desuso reflete a preocupação do Legislativo com a saúde e o meio ambiente. “ Há tempos que estávamos incomodados com o depósito destas lâmpadas e assim que soubemos desta empresa, não medimos esforços para resolver o problema”, declarou Lopes. Segundo ele, a partir de agora a CML vai adquirir novas lâmpadas, apenas de empresas certificadas que se responsabilizem pelo recolhimento de todas as lâmpadas queimadas.

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